BEM- VINDO AO INFO R.I

CONTRIBUA CONOSCO DEIXANDO SEU COMENTÁRIO!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Egito realiza primeira eleição livre para escolher presidente



Os egípcios estão indo às urnas em sua primeira eleição presidencial livre, 15 meses depois de derrubar Hosni Mubarak no levante da Primavera árabe.
Cinquenta milhões de pessoas têm direito a voto, e as filas estão se formando em seções eleitorais. A votação dura dois dias e, caso nenhum candidato consiga a maioria dos votos, haverá segundo turno, em junho.
A junta militar que assumiu o poder presidencial em fevereiro de 2011 prometeu uma votação justa e um regime civil.
Até 2005, as eleições no Egito antes eram indiretas, com o presidente escolhido pelo Parlamento e ratificado por consulta popular, tida como claramente fraudulenta pela oposição e por observadores internacionais. A partir daquele ano, houve eleição direta, mas a Irmandade Muçulmana, principal partido de oposição, era considerada ilegal. O pleito de 2012 seria o primeiro live, não manipulado, da história do país.
A eleição opõe islamitas a secularistas, e revolucionários a ex-ministros de Mubarak.
Os principais candidatos são os seguintes:
·                     Ahmed Shafiq, antigo comandante da força aérea e primeiro-ministro durante os protestos de fevereiro de 2011
·                     Amr Moussa, que foi ministro das Relações Exteriores e chefe da Liga Árabe
·                     Mohammed Mursi, que lidera a Irmandade Muçulmana e o Partido da Justiça e Liberdade
·                     Abdul Moneim Aboul Fotouh, candidato independente islâmico
Até que uma nova Constituição seja aprovada, não está claro que poderes o presidente terá, o que provoca temores de atrito com os militares.
A votação começou pontualmente às 8h, hora local (06:00 GMT), com filas crescentes em muitos dos locais de votação no Cairo.
"É um grande dia", disse uma mulher à BBC. "Este é um grande momento para os egípcios mudarem (o país)."
Outra mulher, ao ser questionada sobre por quanto tempo estava esperando para votar, respondeu com uma risada: "30 anos".
Mohamed Mursi era originalmente o candidato reserva da Irmandade Muçulmana, mas acabou virando o titular após a primeira opção, Khairat al-Shater, ser desclassificado pela Comissão Presidencial Superior Eleitoral (HPEC) por ser réu de um processo ainda em curso.
A Irmandade Muçulmana, no entanto, comparou Mursi, engenheiro educado nos EUA e parlamentar, a um jogador de futebol reserva subestimado.
"Em qualquer jogo há um reserva que entra faltando dez minutos para o fim da partida, faz o gol e garante a vitória. Mursi é este jogador", disse o clérigo Mohamed Abdel Maqsoud a uma multidão de apoiadores da Irmandade no domingo.
Um segundo turno de votação está agendado para 16 e 17 de junho, se não houver vencedor.
O editor da BBC para Oriente Médio Jeremy Bowen diz que há também um conflito potencial com os militares, que parecem determinados a não abrir mão de seu poder no país.
O eleitorado não sabe que poderes o novo presidente terá para fazer seu trabalho, uma vez que tais responsabilidades não estão claras sem uma nova Constituição, destaca o correspondente.

'Primeiro passo'
A eleição está sendo saudada como um marco para os egípcios, que têm a oportunidade de escolher o seu líder pela primeira vez na história do país, de 5.000 anos.
O Conselho Supremo das Forças Armadas (SCAF), preocupado com a agitação pós-eleitoral, tem procurado tranquilizar os egípcios afirmando que a democracia veio para ficar.
"É importante que todos aceitem o resultado das urnas, que refletem a livre escolha do povo egípcio, tendo em conta que o processo democrático do Egito está dando seu primeiro passo e todos nós devemos contribuir para seu sucesso", disse o Conselho em um comunicado emitido na segunda-feira.
O primeiro-ministro, Kamal al-Ganzuri, disse na terça-feira esperar que as eleições corram tranquilamente.
Ele pediu que "os candidatos, as forças políticas, e os partidos estimulem seus apoiadores a respeitar a vontade dos outros e aceitar os resultados da eleição".
Os 15 meses seguidos à deposição de Mubarak foram turbulentos, com constantes protestos violentos e conflitos entre muçulmanos e a minoria cristã, que corresponde a 10% da população. Os cristãos temem que ascensão de conservadores islamistas aumente tensões religiosas.
A economia em deterioração também é um desafio para o novo presidente.
O investimento direto estrangeiro caiu de US$ 6,4 bilhões positivos em 2010 para US$ 500 milhões negativos no ano passado.
O turismo, importante gerador de receita para o país, também caiu em um terço.
O novo presidente também terá de reformar a polícia para lidar com a onda de crime que se seguiu à revolta popular.
Pelo menos um terço dos eleitores estavam indecisos sobre os candidatos.
"Não consigo decidir. Quero alguém que possa trazer estabilidade e prosperidade", disse à agência de notícias Reuters Hussam Sobeih, 45 anos.
"Apoiei a revolução até Mubarak ser derrubado, mas depois a situação piorou e eu quero minha vida de volta."
 Primavera árabe começou na Tunísia ano passado, quando semanas de protestos forçaram o presidente Zine al-Abidine Ben Ali a deixa o poder, inspirando ativistas pró-democracia em todo o mundo árabe.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, no poder há três décadas, renunciou em 11 de fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos no Cairo e outras cidades.
Ele está sendo julgado por seu suposto papel nas mortes de manifestantes, em um processo que deve ser concluído dia 2 de junho.

Fonte: BBC

Entenda quem é quem no conflito sírio

Soldados sírios (AFP)

Quando se trata das forças do governo sírio, existe uma relação muito complexa e pouco clara entre os militares, as milícias, as agências de inteligência e os vários centros de poder que os controlam.
Esta é uma das razões pelas quais é tão difícil determinar responsabilidades por massacres como o que ocorreu na última sexta-feira, em Houla, e porque o presidente da Síria, Bashar al-Assad, tem sido capaz de manter uma aparência de respeitabilidade enquanto nega qualquer culpa pelas atrocidades recentes.
Militares
A Síria tem um Exército poderoso, equipado com armamentos fornecidos principalmente pela Rússia e o Irã.
Quando uma área civil – como Baba Amr, em Homs – é atacada, é mais provável que seja pelo Exército sírio, agindo sob as ordens de uma cadeia de comando militar.
Drones, ou aviões comandados por controle remoto, fornecidos pelo Irã desde o início da revolta contra o governo de Assad, há 15 meses, têm sido amplamente utilizados para guiar unidades de artilharia sobre que alvos atacar.
Também há relatos de que a Rússia tem enviado grandes carregamentos de armas à Síria – um antigo aliado –, incluindo milhares de rifles usados por franco-atiradores membros das forças do governo, posicionados no alto de prédios, para atingir ativistas nas ruas.
Assim como a maioria dos países, a Síria tem um Exército, uma Marinha e uma Aeronáutica. Dois terços dos cerca de 200 mil integrantes do Exército convencional são da minoria alauíta, como o presidente Assad.
Desde o início dos protestos contra o regime de Assad, tanques e armamentos pesados se tornaram uma visão constante em áreas de manifestações.
A retirada desses armamentos pesados das ruas é um dos pontos do plano de paz proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan.
Mas como isso ainda não aconteceu, os rebeldes estão tentando adquirir o mesmo tipo de armamentos anti-tanque que causaram danos em tanques israelenses durante a invasão do Líbano, em 2006.
Com a ajuda da Rússia, a Síria tem uma ampla rede de defesa aérea, que poderia tornar difícil a manutenção de uma zona de exclusão aérea, caso uma fosse implementada no futuro.
Agências de inteligência
 Síria tem uma rede de 17 agências de inteligência que se dividem em quatro categorias amplas, todas com o objetivo principal de manter o regime no poder.
A inteligência militar, conhecida como al-Mukhabarat, está sob o controle do presidente e se concentra em monitorar dissidentes.
A inteligência da Aeronáutica é um dos ramos da segurança do Estado mais profundamente estabelecidos e com maior penetração. Foi responsável pela tentativa mal-sucedida de colocar uma bomba a bordo de uma aeronave israelense que partia do aeroporto britânico de Heathrow em 1986.
O Diretório Geral de Segurança é ligado ao Ministério do Interior, enquanto o Diretório de Segurança Política é talvez o mais enérgico de todos na perseguição de opositores do regime dentro do país.
Calcula-se que pelo menos 150 mil pessoas trabalhem na inteligência síria, e os informantes estão por toda parte, relatando – por uma módica recompensa – comentários considerados críticos ao presidente ou a seu regime.
Tais comentários, se inventados, podem levar a meses de tortura em centros de detenção, às vezes acabando em morte.
Os centros de detenção estão espalhados pelo país, e alguns dos abusos cometidos neles são bem documentados por organizações de defesa dos direitos humanos
Milícias
Conhecidas como shabiha, que significa "os fantasmas", elas são sem dúvida responsáveis por algumas das maiores atrocidades já cometidas.
São basicamente criminosos de rua, geralmente com ficha policial, e alguns com conexões com máfias de contrabando.
Sem status oficial ou uniformes – além de sua preferência por jaquetas de couro pretas – eles são matadores de aluguel, que abundam em determinadas regiões para onde são enviados, especialmente às sextas-feiras, que se tornaram o dia tradicional de protestos no mundo árabe.
A shabiha opera em um nível bem local, o que torna difícil rastrear seus crimes até encontrar alguma conexão com altos funcionários do governo em Damasco.
Muitos, mas não todos, são alauítas, como o presidente. Mas sua lealdade parece ser oferecida a quem quer que pague, e não a etnias ou religiões específicas.
No caso do massacre de Houla, é bem possível que, após os bombardeios, tenham sido enviados por alguém em nível local, para "terminar o serviço", cortando as gargantas de sobreviventes ou atirando à queima-roupa.
Fontes locais dizem que eles também podem ter sido cotratados para levar adiante atos de vingança contra sunitas da aldeia, depois que os rebeldes do Exército Sírio Livre atacaram aldeias alauítas na vizinhança.
A shabiha não aparece em nenhuma estrutura de comando oficial, mas analistas afirmam que eles são "uma ferramenta útil para o governo" para levar a cabo atos de repressão.
O governo sírio continua a negar que seja responsável por repressão ou tortura.

           Fonte: BBC

terça-feira, 15 de maio de 2012

Hollande leva a Merkel discussão sobre a crise na União Européia

O novo presidente francês, François Hollande, tomou posse na manhã desta terça-feira e já se reúne nesta noite com a chanceler alemã, Angela Merkel, para discutir propostas com o objetivo de estimular o crescimento econômico na Europa, um tema que causa controvérsias entre os dois líderes.
Esse será o primeiro encontro entre Hollande e Merkel. A chanceler, que apoiou a candidatura do ex-presidente Nicolas Sarkozy, havia se recusado a se encontrar com Hollande durante a campanha presidencial francesa.
Durante a posse, Hollande disse que a França proporá aos parceiros europeus "um novo pacto que vai aliar a redução necessária de dívidas públicas com o indispensável estímulo da economia".
"Para sair da crise a Europa precisa de projetos de solidariedade e crescimento", acrescentou Hollande.
Após a cerimônia de posse no Palácio do Eliseu, o novo presidente francês participa de compromissos em Paris e viaja nesta tarde para Berlim, onde terá uma reunião com Merkel seguida de um jantar.
"Será uma maneira de nos conhecermos. E também para dizermos com franqueza o que pensamos sobre o futuro da Europa", disse Hollande na segunda-feira.
"A França e a Alemanha precisam trabalhar juntas, mas não pensamos da mesma forma sobre determinados assuntos. E falaremos a respeito para encontrarmos compromissos", afirmou Hollande.
A chanceler declarou que irá receber Hollande "de braços abertos", mas, por trás das declarações diplomáticas, Merkel não tem dado sinais de que pretende mudar sua posição em relação à necessidade de controlar os gastos públicos na Europa para superar a crise.
A previsão é de que os dois líderes mantenham discussões em busca de posições comuns para levá-las à reunião extraordinária de líderes da União Europeia (UE) no próximo dia 23 e depois à próxima Cúpula do bloco, nos dias 28 e 29 de junho.
Hollande, que critica as políticas de austeridade fiscal, quer renegociar o pacto de disciplina orçamentária firmado por 25 países da UE para incluir medidas de estímulo ao crescimento.
A iniciativa de Hollande ganhou apoio de países como Itália, Bélgica e Grã-Bretanha, e também da Comissão Europeia.
A Alemanha também defende a necessidade de crescimento econômico, mas tem uma visão bem diferente sobre as medidas que deveriam ser adotadas.
Merkel declarou que "não quer crescimento por meio de medidas que aumentem a dívida" e defende a realização de reformas estruturais, sobretudo a flexibilização do mercado de trabalho, para estimular o crescimento econômico.
Hollande propõe o desbloqueio de recursos não utilizados pelo Banco Europeu de Investimentos (BEI) e pelos chamados fundos estruturais do continente e também a criação de eurobonds para financiar projetos de infraestrutura.
O novo líder francês defende ainda ampliação do papel do Banco Central Europeu (BCE), que poderia passar a emprestar diretamente recursos para países, o que a Alemanha recusa.
"A Alemanha não pode bloquear, ao mesmo tempo, as discussões em relação aos eurobonds e ao papel do BCE", declarou Hollande logo após sua vitória.
Em um editorial publicado na segunda-feira no jornal econômico francêsLes Echos, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, diz que seu país está disposto a discutir a utilização de recursos dos fundos estruturais europeus e do BEI.
Schäuble afirma que a iniciativa para promover o crescimento econômico é "legítima" e também corresponde ao desejo da Alemanha, mas ressalta que é necessário dissipar um "mal entendido".
"Crescimento não é, evidentemente, o estímulo artificial da demanda por meio do aumento de gastos orçamentários", diz o ministro alemão.
Analistas questionam até que ponto a França poderá desafiar a Alemanha e o Banco Central Europeu, sob o risco de criar temores sobre a qualidade da dívida francesa em um momento em que a situação na zona do euro voltou a ficar instável em razão da crise política na Grécia.

Fonte: BBC e Folha

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Los Zetas responsabilizado por 49 mortes no México



Os corpos de 43 homens e seis mulheres foram encontrados em uma estrada a 180 quilômetros da fronteira com os Estados Unidos, perto da cidade de Monterrey. As vítimas foram decapitadas e tiveram as mãos cortadas, o que dificulta a identificação.
Segundo a polícia as mortes são resultado do conflito entre cartéis de tráfico de drogas adversários.
O cartel Los Zetas luta contra os cartéis do Golfo e Sinaloa pelo controle das rotas de tráfico de drogas para os Estados Unidos.
"Sabemos pelas características que isto é o resultado de violência entre gangues criminosas, não é um ataque contra a população civil", afirmou Jorge Domene, o porta-voz do setor de segurança do Estado mexicano de Nuevo Leon, onde os corpos foram encontrados.
Os corpos foram encontrados por volta das 4h da madrugada de domingo (horário local) no município de Cadereyta, na estrada entre Monterrey e Reynosa, em sacos plásticos.
Autoridades mexicanas informaram que, pela aparência dos corpos, as pessoas teriam sido mortas em outro local há dois dias e então jogadas perto da estrada, provavelmente de um caminhão.
O promotor Adrian de la Garza afirmou que o fato de as mãos e cabeças terem sido cortadas torna a identificação das vítimais mais difícil, mas ele calcula que é possível que os mortos sejam imigrantes vindos da América Central.
Este foi o último de uma série de massacres no México.
Há poucos dias, a polícia encontrou os corpos também decapitados de outras 18 pessoas em dois veículos abandonados no oeste do México.
No começo do mês, outros 23 corpos, 14 deles decapitados, foram encontrados na cidade de Nuevo Laredo, perto da fronteira com os Estados Unidos e também no Estado mexicano de Nuevo Leon.
Cerca de 50 mil pessoas já morreram no México desde 2006, quando o presidente Felipe Calderon enviou tropas do Exército para combater os cartéis.
Segundo o correspondente da BBC na Cidade do México Will Grant, este último massacre mostra que, apesar de muitos mexicanos pensarem que a violência relacionada ao tráfico de drogas diminuiu em 2012, o conflito ainda está matando muitas pessoas, frequentemente em circunstâncias brutais.
 Fonte: BBC

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Muçulmanos lançam rede social religiosa para concorrer com 'Facebook'


Um grupo de empresários muçulmanos vai lançar em julho uma rede social no estilo do Facebook, mas voltada para jovens que seguem a religião.
O Salam World usará tecnologia para censurar conteúdo considerado incompatível com o Islã, como propagandas de bebida alcoólica e pornografia.
O site é baseado na Turquia, mas o conselho executivo possui representantes de 17 países muçulmanos e conta com especialistas de 12 países. Segundo eles, a Malásia - uma sociedade conservadora, mas com muitos jovens - é um exemplo de país onde o Salam World pode ter sucesso.
O objetivo do Salam World é chegar a 50 milhões de usuários em três meses. O desafio é concorrer com redes sociais como Facebook e Twitter, que além de já serem populares no mundo muçulmano, não possuem qualquer tipo de censura.
Fonte: Folha e BBC

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Elizabeth II propõe reformas políticas e econômicas

A rainha Elizabeth 2ª do Reino Unido em sessão solene no palácio de Westminster

Uma polêmica reforma da Câmara dos Lordes e medidas apresentadas como novas ajudas às famílias dominam a agenda legislativa do governo britânico apresentada nesta quarta-feira com grande pompa pela rainha Elizabeth 2ª na abertura solene do parlamento.
"O programa legislativo de meu governo se centrará no crescimento econômico, na Justiça e na reforma constitucional", declarou a soberana ao anunciar de seu trono instalado na Câmara dos Lordes as 19 leis e projetos de lei que serão apresentados em 2012/2013.
"Mas a primeira prioridade de meus ministros será reduzir o déficit e restabelecer a estabilidade econômica", acrescentou, quando o país se encontra novamente oficialmente em recessão.
O programa, com o qual o primeiro-ministro conservador David Cameron espera se recuperar do castigo aplicado pelos eleitores contra os dois partidos da coalizão nas eleições municipais da semana passada, não inclui, no entanto, nenhuma novidade.
A legislação mais controversa é a que se refere à reforma da Câmara dos Lordes, uma das promessas da coalizão de conservadores e liberais-democratas quando chegou ao poder em maio de 2010, mas que provoca também divisões entre os "Tories".
O programa governamental não informa, no entanto, nenhuma data para a possível reforma deste órgão parlamentar não eleito que data do século 11 e é formado por cerca de 800 membros vitalícios e, em alguns casos, hereditários.
Se for levado adiante, a Câmara Alta do parlamento britânico se converteria em um órgão mais representativo com um número de membros reduzido quase à metade e eleitos majoritariamente por sufrágio universal.
Após o revés eleitoral, o governo destacou uma série de medidas para "melhorar as vidas das crianças e das famílias", incluindo uma flexibilização das licenças-maternidade e ajudas às crianças deficientes, que não devem ter um impacto excessivo em plena austeridade.
Além disso, o governo confirma sua intenção de separar as atividades de varejo e de investimento dos bancos, e a confirmação da reforma do sistema de aposentadorias, que deve provocar novas disputas com os sindicatos.
Esta é a segunda vez que a rainha comparece ao parlamento para explicar o programa do governo de Cameron desde 2010, e a 57ª que se curva a este solene ritual em seus 60 anos de reinado.

Fonte: Folha

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Socialistas voltam ao poder na França após 31 anos


O socialista François Hollande conquistou uma clara vitória nas eleições presidenciais da França neste domingo, com estimados 52% dos votos.
Após o fechamento das urnas, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que telefonou a Hollande para desejar-lhe "boa sorte" no cargo.
Analistas dizem que a votação tem amplas implicações para a zona do euro. Hollande prometeu reformular o acordo sobre a dívida pública nos países membros.
Pouco depois do fechamento das urnas às 20h (15h de Brasília), meios de comunicação franceses publicaram projeções baseadas em resultados parciais que davam ao socialista uma vantagem de quase quatro pontos.
Partidários de Hollande se reuniram na Place de la Bastille em Paris - um ponto de encontro tradicional da esquerda - para comemorar.
Analistas dizem que Hollande foi beneficiado pelos problemas econômicos da França e a impopularidade do presidente Sarkozy.
O candidato socialista prometeu aumentar os impostos sobre as grandes corporações e as pessoas que ganham mais de 1 milhão de euros por ano.
Ele quer aumentar o salário mínimo, contratar 60 mil professores e diminuir a idade de aposentadoria de 62 para 60 anos para alguns trabalhadores.
Hollande também pediu a renegociação de um tratado europeu duramente negociado sobre disciplina orçamental, defendido pelo chanceler alemã Angela Merkel e Sarkozy.

Fonte: BBC

sexta-feira, 4 de maio de 2012

China autoriza dissidente a deixar o país temporariamente


       O governo chinês informou nesta sexta-feira que dará autorização para o dissidente Chen Guangcheng estudar fora do país.
       O advogado chinês que ficou refugiado por seis dias na embaixada americana em Pequim, disse que planeja viajar aos Estados Unidos, mas não sabe se ficará permanentemente no país ou se retornará à China.
       O porta-voz da Chancelaria chinesa, Liu Weimin, disse que Chen Guangcheng poderá estudar no exterior, "de acordo com a lei".
       Após a declaração do governo da China, Chen disse que segundo o acordo entre as autoridades chinesas e as americanas seus direitos civis estariam garantidos.
       "Penso que isso significa que posso abandonar a China e voltar com liberdade. Se este for o caso, voltarei, mas não tenho certeza se a promessa será cumprida", avaliou.
       Os Estados Unidos reiniciaram nesta quinta-feira o diálogo com Pequim após saber que Chen, que inicialmente manifestara sua vontade de ficar na China "para seguir lutando", mudara de opinião ao conhecer as "ameaças" contra sua família por parte das autoridades chinesas.
       O dissidente está no hospital de Chaoyang, em Pequim, recebendo tratamento para sua perna, que ficou ferida durante a fuga da prisão domiciliar, em 22 de abril.

   Fonte: Folha Online

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ministério da Defesa deflagra 'Operação Ágata 4' em área de fronteira do Amazonas ao Amapá


Avião da FAb sobrevoa área de fronteira no Amazonas



O governo brasileiro iniciou nesta quarta-feira, 02/05, uma megaoperação para combater narcotráfico, garimpos ilegais e desmatamento irregular na fronteira norte da Amazônia. O Exército chegou a enviar um representante a países vizinhos para esclarecer eventuais temores com a operação.
A ação, denominada "Agata 4", levará 8.700 militares para a fronteira do Brasil com Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Serão usados ainda 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões.
a ação não é uma demonstração de força. Equipes diplomáticas visitaram os governos vizinhos para assegurar que a manobra não tem caráter hostil.
"Eu fui à Venezuela, à Guiana e ao Suriname para explicar o sentido da operação [de combater a criminalidade do lado brasileiro da fronteira]. Não é um problema de defesa da pátria", disse José Carlos De Nardi,  chefe do Estado Maior Conjunto do Ministério da Defesa.
O objetivo da operação será destruir garimpos e pistas de pouso ilegais, além de "sufocar" o tráfico de maconha e cocaína que possui rotas de entrada no Brasil pelo norte da fronteira.
A realização da "Agata 4" foi uma determinação da Presidente Dilma Rousseff. Três ações semelhantes já foram realizadas no centro-oeste e no sul em 2011 e mais duas devem ocorrer ainda em 2012.

Fonte: BBC Brasil

Perda de poder do presidente Ahmadinejad no Irã


A perda de poder do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ficou patente na campanha para o segundo turno do pleito legislativo que acontecerá amanhã na República Islâmica.
Nos dois meses transcorridos desde o primeiro turno, realizado em 2 de março e no qual já foram eleitos 225 dos 290 deputados da Câmara iraniana, o ambiente político mudou e agora o regime está mais interessado em alcançar um acordo internacional sobre seu programa nuclear que em mostrar sua força.
Embora no último momento da campanha o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, tenha voltado a citar o "inimigo exterior", personificado por Israel, Estados Unidos e os países do Ocidente em geral, não foi lançado um ataque tão contundente como há dois meses.
O Irã espera o levantamento das sanções dos EUA e da UE na reunião que acontecerá em Bagdá em 23 de maio com as potências do Grupo 5+1 para tratar da questão nuclear iraniana, pelo que foi amenizada a hostilidade habitual voltada ao Ocidente.
Com o "inimigo exterior" posto um pouco de lado, os islâmicos ultraconservadores, grupo mais próximo a Khamenei, centraram sua campanha em desqualificar o entorno de Ahmadinejad.
Os maiores grupos ultraconservadores, que obtiveram 180 das 225 cadeiras distribuídas no primeiro turno, recorreram na campanha eleitoral ao apoio de destacados aiatolás de Qom, o centro religioso que abriga os grandes seminários xiitas do Irã, para aprovar suas posturas e atacar Ahmadinejad.
Em 14 de março, o presidente foi convocado pelo Parlamento para ser interrogado sobre supostas irregularidades de seu Governo, uma humilhação que até agora não tinha sido imposta a nenhum outro líder da República Islâmica desde sua criação, em 1979.
A Câmara também bloqueou os planos econômicos de Ahmadinejad, que previam uma maior redução das subvenções de produtos básicos e energéticos e um aumento dos subsídios diretos às famílias mais pobres.
Nestas circunstâncias, e acossado ainda pelas acusações de corrupção de pessoas e entidades supostamente relacionadas com seu grupo político, Ahmadinejad terá sem dúvida um período muito difícil no que lhe resta de Governo antes do pleito presidencial de 2013.

 Fonte: Folha e BBC