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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Com vaias e gritos, partidários de Ron Paul interrompem indicação de Romney



Simpatizantes do deputado libertário Ron Paul atrapalharam com gritos e vaias a oficialização de Mitt Romney como candidato do Partido Republicano à Presidência dos EUA.
Quando o presidente do partido, Reince Priebus, lia as regras e tentava abrir oficialmente a sessão, representantes partidários simpáticos a Paul -- o único pré-candidato derrotado nas primárias que não quis transferir seus votos a Romney -- começaram a gritar no nome do deputado e pedir a suspensão da sessão.
Em contrapartida, apoiadores de Romney passaram a gritar "USA" (EUA).
Os eleitores de Paul consideram os procedimentos uma violação do sistema e pedem votação aberta em plenária, com seu candidato como opção.
Priebus iniciou a sessão de votação assim mesmo, sob vaias, e chamou ao palco o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner. Boehner entrou sob aplausos, mas ao começar a falar das regras passou a ser vaiado pelos pró-Paul.
No complexo sistema eleitoral americano, os delegados partidários são as pessoas que realmente endossam o candidato do partido. Cada um dos Estados e territórios americanos tem direito a um número de delegados correspondente a seu peso eleitoral no país. Eles podem votar em lote no nome que venceu as eleições primárias em seu Estado ou serem distribuídos percentualmente conforme os resultados das urnas.
Os pré-candidatos derrotados costumam desistir e transferir seus votos.
Isso aconteceu neste ano com todos os adversários de Romney, exceto com Paul, um político libertário (defensor do Estado mínimo e das liberdades pessoais máximas) especialmente popular entre os jovens.

Fonte: Folha

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Colômbia e Farc assinaram acordo para negociar paz, diz Telesur


O governo da Colômbia e representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram nesta segunda-feira em Cuba um acordo para iniciar negociações para a paz no país sul-americano, informou o canal de televisão Telesur, com sede em Caracas.
Caso confirmado, será o primeiro passo para o fim do conflito com o grupo insurgente, que começou há 50 anos. De acordo com a emissora, o conteúdo do acordo e a agenda temática das conversas serão revelados nas próximas semanas pelo governo do presidente Juan Manuel Santos.
Após a revelação, o governo colombiano confirmou que os detalhes serão revelados "em breve", sem especificar data.
A primeira reunião entre os membros do governo e da guerrilha está marcada para Oslo, na Noruega, em outubro, e terá a participação de representantes de Cuba, Venezuela e Noruega. Um novo encontro será marcado em Havana, onde serão discutidos os detalhes para um pacto de paz.
Segundo a Telesur, os representantes das Farc que participam do acordo são o comandante Mauricio, que comanda a guerrilha após a morte de Jorge Briceño. Por parte do governo, entraram o conselheiro de Segurança Sergio Jaramillo, o ministro do Meio Ambiente, Frank Pearl, e Enrique Santos, irmão do presidente.
Em 2011, o chefe máximo das Farc, Alfonso Cano, anunciou o desejo do grupo armado de começar diálogos de paz com o governo, em um vídeo publicado pela imprensa local.
Ele lembrou que Santos "prometeu deixar para trás os ódios que caracterizaram os oito anos do governo anterior", em referência ao ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010).

Apesar dos rumores das negociações de paz, os ataques à população civil continuam na Colômbia. Na noite de domingo, seis pessoas morreram no domingo na explosão de uma bomba transportada em um táxi num povoado do sudeste da Colômbia. O governo atribuiu a ação às Farc.
A explosão, registrada no município de Vista Hermosa, no Departamento de Meta, 200 quilômetros a sudeste de Bogotá.
"Esses terroristas continuam demonstrando sua fraqueza e covardia. Lá em Vista Hermosa fizeram explodir (uma bomba), quem sabe se por acidente, porque estavam transportando esses explosivos, ou por estarem tentando amedrontar alguém", disse Pinzón.
O ministro afirmou que essas ações são "delitos de lesa humanidade" e que "não têm nenhum perdão, em nenhuma legislação, em nenhuma parte do mundo".
Embora as Farc estejam debilitadas por uma ofensiva militar apoiada pelos EUA, na qual foram mortos vários de seus comandantes e milhares de combatentes desertaram, o grupo ainda mantém capacidade de cometer ataques de grande impacto, até mesmo em grandes centros urbanos.

Fonte: Folha


terça-feira, 14 de agosto de 2012

EUA e Turquia vão estabelecer grupo de trabalho para crise síria

Hillary Clinton, ministro do Exterio turco, Ahmet Davutoglu (centro) e Fuat Okyay, presidente da agência de emergências turca AFAD (AP)

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou neste sábado que os EUA e a Turquia vão estabelecer um grupo de trabalho para planejar uma resposta conjunta à crise na Síria.
A declaração foi dada depois de uma reunião, em Istambul, com o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, na qual foi discutido como os dois países poderiam dar apoio à oposição síria em seus "esforços para dar um fim à violência e iniciar a transição para uma Síria livre e democrática, sem (o presidente Bashar al-) Assad".
"Nosso objetivo número um é apressar o fim do derramamento de sangue e do regime de Assad", disse Hillary a jornalistas.
"Nossos serviços secretos, nossos militares, têm responsabilidades muito importantes e papeis a serem cumpridos (na crise síria), então vamos estabelecer um grupo de trabalho para fazer exatamente isto."
Hillary acrescentou que "uma série de eventualidades" foram discutidas em relação à Síria, inclusive a possibilidade de o país usar armas químicas.
A secretária de Estado americana afirmou que 2 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária na Síria. Hillary anunciou mais US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões) para ajudar os refugiados sírios na Turquia.
Atualmente, 50 mil refugiados sírios estão na Turquia e mais deles chegam diariamente.
Entre os americanos existe o temor devido ao fato de um crescente número de militantes ligados à Al-Qaeda estarem lutando junto com os rebeldes de oposição da Síria.
Autoridades do setor de inteligência dos EUA teriam dito, de acordo com a agência de notícias AP, que pelo menos 200 destes militantes já estariam participando das batalhas e o número aumenta enquanto combatentes estrangeiros entram no país.
Segundo analistas, esta pode ser uma das razões de o governo americano estar relutante em oferecer ajuda militar aos oposicionistas sírios.

Neste sábado teriam ocorrido combates em várias partes da capital, Damasco.
Canais de televisão da Síria informaram que as forças de segurança estão perseguindo um "grupo terrorista" que detonou uma bomba e abriu fogo contra civis.
Os rebeldes na cidade de Aleppo, norte do país, afirmaram que estão preparando um contra-ataque depois de se retirarem do bairro de Salah al-Din, um ponto estratégico da cidade, devido ao pesado bombardeio das forças do governo.
Jornalistas da agência de notícias Reuters relataram ter visto moradores fugindo de Aleppo de carro, aproveitando um intervalo nos combates.
Segundo a agência de notícias AFP, uma padaria no bairro de Tariq al-Bab, leste da cidade, foi atingida pelo bombardeio e cerca de 12 pessoas morreram.
O Conselho Nacional Sírio, grupo de oposição, informou que parte da área histórica de Aleppo, que data do século 13, foi danificada pelo bombardeio.
Segundo a agência de notícias estatal Sana, as forças do governo conseguiram vencer os rebeldes que tentavam atacar o aeroporto internacional de Aleppo.

Fonte: BBC