Os corpos de 43 homens e seis mulheres foram encontrados em uma estrada
a 180 quilômetros da fronteira com os Estados Unidos, perto da cidade de
Monterrey. As vítimas foram decapitadas e tiveram as mãos cortadas, o que
dificulta a identificação.
Segundo a polícia as mortes são resultado do conflito entre cartéis de
tráfico de drogas adversários.
O cartel Los Zetas luta contra os cartéis do Golfo e Sinaloa pelo
controle das rotas de tráfico de drogas para os Estados Unidos.
"Sabemos pelas características que isto é o resultado de violência
entre gangues criminosas, não é um ataque contra a população civil",
afirmou Jorge Domene, o porta-voz do setor de segurança do Estado mexicano de
Nuevo Leon, onde os corpos foram encontrados.
Os corpos foram encontrados por volta das 4h da madrugada de domingo
(horário local) no município de Cadereyta, na estrada entre Monterrey e
Reynosa, em sacos plásticos.
Autoridades mexicanas informaram que, pela aparência dos corpos, as
pessoas teriam sido mortas em outro local há dois dias e então jogadas perto da
estrada, provavelmente de um caminhão.
O promotor Adrian de la Garza afirmou que o fato de as mãos e cabeças
terem sido cortadas torna a identificação das vítimais mais difícil, mas ele
calcula que é possível que os mortos sejam imigrantes vindos da América
Central.
Este foi o último de uma série de massacres no México.
Há poucos dias, a polícia encontrou os corpos também decapitados de
outras 18 pessoas em dois veículos abandonados no oeste do México.
No começo do mês, outros 23 corpos, 14 deles decapitados, foram
encontrados na cidade de Nuevo Laredo, perto da fronteira com os Estados Unidos
e também no Estado mexicano de Nuevo Leon.
Cerca de 50 mil pessoas já morreram no México desde 2006, quando o
presidente Felipe Calderon enviou tropas do Exército para combater os cartéis.
Segundo o correspondente da BBC na Cidade do México Will Grant, este
último massacre mostra que, apesar de muitos mexicanos pensarem que a violência
relacionada ao tráfico de drogas diminuiu em 2012, o conflito ainda está
matando muitas pessoas, frequentemente em circunstâncias brutais.
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