A secretária de Estado
americana, Hillary Clinton, afirmou neste sábado que os EUA e a Turquia vão
estabelecer um grupo de trabalho para planejar uma resposta conjunta à crise na
Síria.
A declaração foi dada depois de uma reunião, em
Istambul, com o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, na
qual foi discutido como os dois países poderiam dar apoio à oposição síria em
seus "esforços para dar um fim à violência e iniciar a transição para uma
Síria livre e democrática, sem (o presidente Bashar al-) Assad".
"Nosso objetivo número um é apressar o fim do
derramamento de sangue e do regime de Assad", disse Hillary a jornalistas.
"Nossos serviços secretos, nossos militares,
têm responsabilidades muito importantes e papeis a serem cumpridos (na crise
síria), então vamos estabelecer um grupo de trabalho para fazer exatamente
isto."
Hillary acrescentou que "uma série de
eventualidades" foram discutidas em relação à Síria, inclusive a
possibilidade de o país usar armas químicas.
A secretária de Estado americana afirmou que 2
milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária na Síria. Hillary anunciou
mais US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões) para ajudar os refugiados sírios
na Turquia.
Atualmente, 50 mil refugiados sírios estão na
Turquia e mais deles chegam diariamente.
Entre os americanos existe o temor devido ao fato
de um crescente número de militantes ligados à Al-Qaeda estarem lutando junto
com os rebeldes de oposição da Síria.
Autoridades do setor de inteligência dos EUA teriam
dito, de acordo com a agência de notícias AP, que pelo menos 200 destes
militantes já estariam participando das batalhas e o número aumenta enquanto
combatentes estrangeiros entram no país.
Segundo analistas, esta pode ser uma das razões de
o governo americano estar relutante em oferecer ajuda militar aos
oposicionistas sírios.
Neste sábado teriam ocorrido combates em várias
partes da capital, Damasco.
Canais de televisão da Síria informaram que as
forças de segurança estão perseguindo um "grupo terrorista" que
detonou uma bomba e abriu fogo contra civis.
Os rebeldes na cidade de Aleppo, norte do país,
afirmaram que estão preparando um contra-ataque depois de se retirarem do
bairro de Salah al-Din, um ponto estratégico da cidade, devido ao pesado
bombardeio das forças do governo.
Jornalistas da agência de notícias Reuters
relataram ter visto moradores fugindo de Aleppo de carro, aproveitando um
intervalo nos combates.
Segundo a agência de notícias AFP, uma padaria no
bairro de Tariq al-Bab, leste da cidade, foi atingida pelo bombardeio e cerca
de 12 pessoas morreram.
O Conselho Nacional Sírio, grupo de oposição,
informou que parte da área histórica de Aleppo, que data do século 13, foi
danificada pelo bombardeio.
Segundo a agência de notícias estatal Sana, as
forças do governo conseguiram vencer os rebeldes que tentavam atacar o
aeroporto internacional de Aleppo.
Fonte: BBC
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