A conferência de Paris sobre a Síria exortou nesta
sexta-feira o Conselho de Segurança da ONU a adotar 'urgentemente' uma
resolução vinculante, que retome o plano do emissário internacional Kofi Annan
e o acordo conquistado na semana passada em Genebra sobre uma transição
política.
Em suas conclusões, a
conferência de Amigos do Povo Sírio, que reuniu uma centena de países na
capital francesa, afirma também que o ditador sírio, Bashar al Assad, deve
abandonar o poder. Os participantes também decidiram "aumentar
massivamente a ajuda à oposição" síria.
"Os participantes
concordaram e afirmaram claramente que aqueles cuja presença comprometeria a
credibilidade da transição (na Síria) deverão ser afastados", razão pela
qual ressaltaram que Bashar al Assad deve abandonar o poder", afirma o
texto.
Os participantes também
decidiram "aumentar massivamente a ajuda à oposição", em particular
proporcionando "meios de comunicação".
A próxima reunião do grupo
Amigos do Povo Sírio acontecerá no Marrocos, e a Itália declarou estar disposta
a receber a seguinte, indica o texto.
Durante a cúpula, a
secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também pediu
uma resolução da ONU sobre
a transição na Síria com ameaças de sanções.
"É necessário
recorrer ao Conselho de Segurança e exigir a aplicação do plano de Genebra
assinado por Rússia e China", disse Hillary, a respeito do acordo sobre
uma transição política na Síria.
"Precisamos pedir uma resolução que defina as
consequências no caso do plano não ser respeitado, inclusive sob o amparo do
capítulo 7", completou.
Uma resolução sob o
capítulo 7 da Carta das Nações Unidas prevê sanções ou eventualmente recorrer à
força contra os que não respeitam o texto.
"Pediremos uma
resolução do Conselho de Segurança sob o capítulo 7I incorporando o protocolo
de Genebra", declarou o chefe da diplomacia britânica, William Hague.
O presidente da França,
François Hollande, ressaltou na cúpula que a manutenção da violência na Síria
"não salvará" o regime de Assad e encorajou a comunidade
internacional a impor sanções
mais duras contra a
Síria.
Fonte: Folha
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