O BCE (Banco Central Europeu) reduziu sua taxa de
juros de 1% para 0,75% - o patamar mais baixo já atingido pela zona do euro -,
a fim de estimular a economia.
O BCE também eliminou a taxa paga aos
depósitos, que era de 0,25%.
Os cortes coincidem com
medidas tomadas por outros bancos centrais majoritários.
Entre elas estão a liberação de 50 bilhões
de libras do Banco da Inglaterra para estímulo da economia e um corte da taxa
de juros do Banco da China.
O corte na taxa de depósito tem o objetivo
de estimular empréstimos entre bancos, uma vez que fundos colocados em bancos
comerciais durante a noite estão atualmente recebendo 0,3% de juros.
Pesquisas divulgadas nesta semana indicaram
que o setor de serviços da zona do euro continuou a afundar em junho e a
confiança empresarial caiu.
O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou
que a zona do euro possivelmente terá uma crescimento pequeno ou nulo no
segundo trimestre de 2012. Porém, ela deve se recuperar até o fim do ano.
Draghi disse que a
economia da zona do euro enfrenta riscos, mas a inflação não parece ser uma
ameaça: "pressão da taxa de inflação foi reduzida. Ao mesmo tempo, o
crescimento econômico na zona do euro continua a ser fraco".
Em uma entrevista após o anúncio da
decisão, ele foi questionado se a atual situação econômica está tão ruim quanto
em 2008. "Definitivamente não", ele respondeu.
O corte na taxa de juros foi feito apesar
da inflação estar a uma taxa superior a 2%.
Porém, a taxa de inflação tem caído
recentemente e deve chegar para 1,6% no ano que vem.
Uma taxa de juros inferior à inflação visa
desencorajar a poupança e promover investimentos.
Esse corte na taxa de juros é o terceiro
desde que Draghi se tornou presidente do BCE no fim do ano passado.
Draghi disse que a decisão sobre o corte
foi unânime.
Fonte: BBC
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