Nicolas Sarkozy
Eleito
presidente em 2007 com 6% a mais de votos do que sua rival, a socialista
Ségolène Royal, o líder conservador enfrenta dessa vez um desafio diferente, e
na opinião de analistas, mais difícil, na pessoa de François Hollande.
Propostas
• Redução da cota legal de
imigração para a França "de 180 mil para 100 mil" por ano
• Arrecadar 3 bilhões de euros ao
corrigir falhas em leis que regulam o pagamento de impostos sobre lucros ganhos
por grandes empresas
• Remover regra que exige que
candidatos presidenciais obtenham assinaturas de oficiais eleitos
Políticas
sociais radicais - como a medida que em 2010 elevou a idade de aposentadoria de
60 para 62 anos - incomodaram a esquerda no país. Ao mesmo tempo, supostos
aliados se ressentiram com o estilo do líder.
Em suas
memórias, o ex-presidente Jacques Chirac criticou Sarkozy por ser
"irritável, áspero, confiante demais e por nunca permitir qualquer dúvida,
especialmente no que se refere a ele próprio".
Porém, o
maior obstáculo que Sarkozy pode enfrentar na eleição é o desempenho da
economia francesa, que sofreu um abalo em janeiro, quando a agência de
classificação de risco Standard & Poor's reduziu a nota de crédito da
França de AAA para AA+.
Ao pedir
o voto dos eleitores, Sarkozy argumenta que tem os atributos necessários para
lutar contra a crise econômica.
Após o
rebaixamento da nota de crédito do país, no entanto, esse argumento parece
menos convincente.
François Hollande
Apesar de
sua experiência como articulador no partido Socialista, François Hollande nunca
ocupou um cargo político nacional na França. Ele é tido por muitos como um
moderado afável, cujo estilo calmo e quieto contrasta com a intensidade e o
glamour do presidente atual.
Propostas
• Estabelecer uma cota anual para
imigrantes econômicos após consultas com empregadores
• Obrigar os que ganham 1 milhão
de euros ou mais a pagar 75% de imposto sobre renda
• Fazer ajustes fiscais na União
Europeia para estimular o crescimento econômico
Jacques
Chirac descreveu-o como um "verdadeiro estadista", capaz de cruzar as
fronteiras que separam os partidos.
Alguns
analistas veem Hollande como um pobre substituto para o carismático
ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique
Strauss-Kahn, excluído da corrida pela Presidência por escândalos sexuais no
ano passado.
Um
ex-ministro socialista, Claude Allegre, chocou aliados ao apoiar a candidatura
de Sarkozy e rejeitar a de Hollande dizendo que ele é indeciso e "não está
à altura do posto" de líder nacional.
Marine Le Pen
Filha de
Jean-Marie Le Pen, fundador do principal partido da extrema direita francesa, o
FN (Frente Nacional), Marine está levando o partido a novas direções.
Ela
dividiu a opinião pública com seus ataques à imigração ilegal e à suposta
"islamização" da França.
Propostas
• Reduzir a cota anual de
imigração para 5% do índice atual
• Criar um novo Ministério do
Interior, Imigração e Secularismo
• Abandonar o euro e restaurar as
moedas nacionais da União Europeia
A
candidata também enfatizou a oposição do FN ao euro e defendeu políticas
protecionistas. Le Pen tem se esforçado para livrar o partido de sua imagem
xenófoba e declarou sua objeção ao termo "extrema direita", que,
segundo ela, marginaliza um grupo que regularmente atrai 15% dos eleitores em
eleições nacionais.
Sua
dificuldade para angariar o apoio dos parlamentares, exigido por lei, foi alvo
de diversas reportagens na mídia francesa.
François Bayrou
Figura
conhecida de centro na política francesa, François Bayrou chocou o establishment da
França em 2007 ao levar quase um quinto dos votos no primeiro turno das
eleições presidenciais.
Propostas
• Fazer mais para reconhecer as
conquistas dos imigrantes.
• Sanar as finanças públicas com
cortes de 50 bilhões de euros em gastos e gerar 50 bilhões a partir de novas
fontes de renda.
• Fazer com que escolas primárias
dediquem 50% do tempo de ensino à língua francesa.
Seus
aliados o veem como um defensor dos fazendeiros da França e o candidatos mais
pró-Europa do país.
Críticos
o acusam de arrogância e oportunismo e chamam atenção para sua aparente
incapacidade de formar alianças políticas duradouras.
Embora
não haja expectativa de que Bayrou chegue ao segundo turno, é possível que
dessa vez ele desempenhe um papel decisivo sobre o segundo - já que prometeu
apoiar um dos candidatos caso não chegue à segunda fase.
Jean-Luc Mélechon
Militante
socialista durante décadas, Jean-Luc Mélenchon está concorrendo em nome da
coalizão de esquerda, que tem o apoio do Partido Comunista.
Fez
carreira no Partido Socialista e foi ministro de Educação Vocacional no governo
Lionel Jospin. Rompeu com o partido em 2008 para formar o Parti de Gauche
(Partido da Esquerda), inspirado nos movimentos de esquerda na América Latina e
na longa história de radicalismo da França. Ele se diz inspirado em líderes
latino-americanos como Lula, Rafael Correa, Cristina Kirchner e Hugo Chávez.
Propostas
• "Imigração não é um
problema" (manifesto)
• Respeitar rigorosamente o
secularismo
• Manter o euro porém rever as
prioridades da UE e aumentar o controle sobre o Banco Central Europeu
Defende
uma "revolução do cidadão", com a descentralização do poder e
nacionalização da indústria em uma nova "Sexta República".
Mélenchon
é o único representante do Partido da Esquerda no Parlamento Europeu. Diz
acreditar que a União Europeia foi arruinada pelo "liberalismo
econômico".
É
conhecido por não gostar de jornalistas, preferindo expressar suas ideias,
profusamente, em seu próprio blog.
Fonte: BBC
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