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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Síria aceita plano de paz proposto por Kofi Annan e oficializado através de uma declaração do Conselho de Segurança as ONU


O aceite da proposta foi anunciado pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, no dia 27 de março. A declaração ocorre duas semanas após o insucesso do en-contro de Annan com Bashar Al-Assad na Síria.
A proposta foi aceita após a visita de Kofi Annan a China onde, em conversa com Wen Jiabao, mostrou sua preocupação quanto à necessidade de uma maior cooperação internacional para a solução dos conflitos na Síria. Logo após as conversas com o governo chinês, Annan seguiu para Rússia com a mesma intenção de negociar uma solução que vá de encontro com os interesses destes países que não aceitaram pro-postas de resolução pelo Conselho de Segurança em momentos anteriores.
O governo sírio aceitou o cessar-fogo e o plano de paz traçado pe-lo ex Secretário-geral da ONU, entretanto, naquele mesmo dia enviou tro-pas em direção à fronteira com o Líbano para combater rebeldes que es-tão refugiados naquela região.
O plano de paz possui seis pontos e foi apoiado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas através de uma declaração. A declaração trabalha com discussões políticas que devem ser tratadas entre governo e oposição, a retirada de armas pesadas e tropas dos grandes centros onde há população, a permissão da entrada de assistência humanitária, a soltura de prisioneiros, a liberdade de movimento e acesso de jornalistas na região.
Apesar de não ter força jurídica para a resolução do conflito, a de-claração mostra um ponto de partida e um consenso entre as nações pa-ra a resolução desta situação. Mas não impõe nenhum prazo para Assad, nem especifica a sua saída do poder, motivo pelo qual Rússia e China apoiaram o plano.
A oposição mostrou apoio aos esforços de cooperação para a re-solução pacífica do conflito, entretanto, estão céticos e questionam se o governo sírio irá honrar o acordo.
Para o presidente russo, Dmitry Medvedev, é o povo que deve de-cidir seu próprio destino sírio e não forças externas. O governo russo mostrou seu apoio a esta missão e afirmou que talvez esta seja a única chance de evitar uma prolongada e sangrenta guerra civil, o que levará certo tempo.

A partir de agora, Annan tem a tarefa de negociar os pró-ximos passos com o presidente sírio para a implementação do acordo.
Segundo o embaixador da Síria no Brasil, Mohammed Khaddour, a violência na síria só terá fim quando o ocidente pa-rar de financiar a insurgência. Esta afirmação foi apresentada em entrevista ao Opera Mundi. Segundo o embaixador, a mídia também “estaria incentivando a violência contra o povo sírio”.
Quanto a uma futura intervenção humanitária da ONU e o fim da violência em seu país, o embaixador afirmou na entre-vista que “A violência na Síria somente vai acabar quando o ex-terior e os países de região pararem de financiar armas aos guerrilheiros.”. Ele frisa a questão de que não existe uma oposi-ção síria, e que esta oposição é um instrumento “usados pelo Ocidente para alcançar objetivos do interesse do próprio Ocidente. Esses opositores estão no exterior, se recusaram a dialogar”.

Conforme estimativas do Crescente Vermelho, em torno de 8.500 pessoas faleceram de-vido ao conflito e há cerca 200 mil refugiados em regiões de fronteira com a Síria.

Fonte: Opera Mundi, BBC, Reuters and World News msnbc.com's

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