Os dez ministros que participaram da
votação sobre a constitucionalidade da reserva de vagas em universidades públicas com
base no sistema de cotas raciais se manifestaram a favor desta, seguindo
o voto do relator, Ricardo Lewandowski..
"Não basta não discriminar. É
preciso viabilizar. A postura deve ser, acima de tudo, afirmativa. É necessária
que esta seja a posição adotada pelos nossos legisladores. A neutralidade estatal
mostrou-se, nesses anos, um grande fracasso", disse Lewandowski ao
anunciar seu voto, na última quarta-feira.
De acordo com a Agência Brasil, o
último ministro a se manifestar nesta quinta-feira, o presidente do STF Carlos
Ayres Britto, disse que a política compensatória se baseia na Constituição e
que possíveis erros podem ser revistos na geração seguinte.
"O preconceito é histórico. Quem
não sofre preconceito de cor já leva uma enorme vantagem, significa desfrutar
de uma situação favorecida negada a outros", disse.
Dois índios que fizeram uma
manifestação durante o julgamento foram retirados à força da Corte por
seguranças do tribunal. Eles protestavam contra o fato de só o sistema de cotas
raciais estar em julgamento.
Fonte: BBC Brasil
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