Barack Obama, o presidente americano disse ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, nesta última quarta-feira dia 21.09.2011, que vetará seu pedido de reconhecimento do Estado Palestino como um membro pleno das Nações Unidas.
A conversa de 45 minutos entre os lideres não foi seguida de consenso, todavia Abbas afirmou que vai seguir adiante com o pedido. Obama afirmou que os palestinos merecem um Estado próprio, mas que não há atalhos para paz no Oriente Médio e que o diálogo e as negociações com Israel são necessárias.
Segundo Obama, "a paz não virá por meio de comunicados e resoluções da ONU", e sim por meio de negociações entre Israel e Palestina.
Alternativa
Nicolas Sarkozy, presidente francês, alertou que um veto ao pedido palestino pode dar inicio a um novo ciclo de violência no Oriente Médio, neste contexto o presidente francês propôs uma alternativa dar à Autoridade Palestina o status de observador ao invés de membro pleno.Ademais Sarkozy definiu um cronograma para as negociações: : um mês para o início do diálogo, seis meses para discutir fronteiras e segurança e um ano para finalizar um "acordo definitivo".Barack Obama também teve um encontro com o primeiro ministro israelense Netanyahu .
Manifestações
Os palestinos estão intensificando os seus esforços diplomáticas, a fim de serem reconhecidos internacionalmente diante dos impasses das negociações que visam a paz.
Na Cisjordânia, escolas e repartições públicas ficaram fechadas na quarta-feira e milhares de pessoas participaram de manifestações em defesa do Estado palestino.Provavelmente Abbas formaliza seu pedido de reconhecimento da ONU na próxima sexta-feira dia 23.09.2011, logo após seu discurso na Assembléia Geral.
O pedido deve ser aprovado por Ban-Ki-Moon e caso for este será examinado e votado pelo Conselho de Segurança da ONU.
"Estou convencido de que não há atalhos para o fim de um conflito que perdura por décadas", disse Obama perante a Assembleia Geral, em Nova York. "No fim das contas, israelenses e palestinos – e não nós – devem chegar a um acordo nos temas que os dividem: fronteiras e segurança, refugiados e Jerusalém."
Impasse
Susan Rice, embaixadora americana na ONU, definiu o pedido palestino como um estratagema pouco sábio.
Já Ban Ki-moon, em seu discurso, pediu novos esforços internacionais para quebrar o "impasse" no Oriente Médio. Os palestinos argumentam que a aceitação na ONU ajudaria nos diálogos de paz.
Por outro lado Israel afirma que o reconhecimento aumentaria as tensões regionais e não resolveria as questões pendentes.
Pouco antes da fala de Obama, a presidente Dilma Rousseff - primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU - "lamentou" que ainda não exista um Estado palestino integrando as Nações Unidas.
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