Nesta última quinta-feira em Nova York, a presidente Dilma Roussef afirmou em reunião sobre a segurança no no uso da energia atômica para fins pacíficos, que a ONU deve fiscalizar os arsenais de potências nucleares.Os arsenais nucleares das potências militares também deveria ser alvo de fiscalização, ou seja, a fiscalização não deveria examinar somente o emprego de energia para fins nucleares.
"Seria sem dúvida necessário, para fins de segurança, fiscalizar ambos. É imperativo ter num horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares", afirmou a presidente. "A ONU deve se preocupar com isso”.
"O desarmamento nuclear é fundamental para a segurança, pilar do tratado de não proliferação cuja observância as potências nucleares devem ao mundo".
Neste mesmo contexto, Dilma afirmou que os cortes orçamentários que foram desencadeados pela crise econômica global tem de certo modo prejudicado programas de manutenção e modernização das ogivas nucleares, ameaçando assim os riscos desses arsenais à segurança global.
"A posse desses arsenais por apenas algumas nações cria para elas direitos exclusivos. É resquício de um conceito assimétrico do mundo, formada no pós-guerra, que já deveríamos ter relegado ao passado".
Já em seu discurso de abertura na Assembléia Geral da ONU, a presidente brasileira Dilma Rousseff já se referia da necessidade de "substituir teorias defasadas, de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo".
Ela também criticou os países ricos pela forma como têm lidado com a crise: "Não é por falta de recursos financeiros que os líderes dos países desenvolvidos ainda não encontraram uma solução para a crise. É, permitam-me dizer, por falta de recursos políticos e algumas vezes, de clareza de ideias.”.
Em seu discurso, Dilma afirmou ter determinado estudos adicionais nas duas usinas nucleares brasileiras para identificar fatores de risco, conforme os requisitos da AIEA.
A reunião deve ser o último evento oficial na agenda da presidente em Nova York antes de seu regresso ao Brasil.
Vale lembrar que na última quarta-feira, a presidente tornou-se a primeira mulher a proferir o discurso inaugural da Assembleia Geral da ONU.
No discurso, principal evento da viagem, ela afirmou que a crise econômica global poderia causar uma "grave ruptura política e social", "capaz de provocar sérios desequilíbrios na convivência entre as pessoas e as nações".
Ademais, ela ratificou e cobrou uma união dos países no combate à crise e defendeu a criação de um Estado palestino.
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