De acordo com chanceler, mais de 250 dos 2.200 militares brasileiros deixarão o país no início de 2012; ministro diz que saída deve ser 'responsável'.
Mais de 250 dos 2.200 militares brasileiros deixarão o país no ínicio de 2012, Amorim afirma que a saída será responsável.Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, a retirada das tropas vai se dar em março de 2012. Dos 2.200 militares brasileiros 257 deles que fazem parte da Minustah ( Missão das Nações Unidas para a Estabalização do Haiti) deixaram a ilha caribenha em março de 2012.
Em depoimento à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o ministro disse que "tudo depende do plano (de retirada) da ONU", mas que o Brasil é o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti.Vale salientar que mais 1.600 oficiais de outras nacionalidades deixaram a missão da ONU no ano que vem. Para Celso Amorim a retirada das forças de paz deve ocorrer gradualmente, a fim de entregar o controle do Haiti a seu próprio governo de maneira coordenada, uma vez que a segurança social do país, segundo o ministro, já está consolidada.
"Não devemos e não queremos nos eternizar no Haiti, mas também não vamos sair de maneira irresponsável", afirmou.O objetivo é reduzir as tropas para o número de soldados que havia antes do terremoto de janeiro de 2010.Após o tremor, cerca de 900 militares brasileiros extras foram enviados ao país.Os membros dos batalhão de Engenharia que tem atuado na reconstrução de pontes, poços artesanais e produção de energia, entre outras obras emergenciais não deixaram o país.
Unasul
Durante uma visita a Buenos Aires, o ministro já havia defendido a redução gradual das tropas, via uma definição de um cronograma conjunto dos países da Unasul ( União das Nações Sul-Americanas) com a ONU,antes da retirada total."Não podemos ter uma saída desorganizada que gere uma situação de caos", disse o ministro na época.Um possível motivo para retirada das tropas baseia-se na suposta resistência por parte dos haitianos. A situação foi agravada após acusações de que militares uruguaios teriam abusado sexualmente de uma haitiana.Em sua visita à Argentina, o ministro afirmou que tal episódio não poderia contaminar toda a missão, mas admitiu problemas com a permanência estendida dos militares no país."Qualquer tropa em qualquer lugar do mundo sofre desgaste", afirmou.
Líbano
Neste interim o congresso aprovou nesta última quarta-feira o envio de forças brasileiras que comporão a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil)O MRE está preparando o envio de um navio da Marinha, que será equipado com um avião e até 300 tripulantes.A Unifil foi criada por meio de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU em 1978, esta tinha como objetivo original supervisionar a retirada das tropas israelenses do território do LíbanoEm 2006 após a crise ocorrida entre os dois países, o Conselho de Segurança reforçou a missão e adicionou a missão o monitoramento do fim das hostilidades e a contribuição para ajuda humanitária a civis.A participação brasileira na Unifil iniciou-se em fevereiro deste ano, com um destacamento de oito militares. A missão conta atualmente com 11.746 militares, 351 funcionários civis internacionais e 656 nacionais.
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