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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Reunião da Unasul termina sem posição comum sobre Líbia


A União das Nações Sul-Americanas ( UNASUL)não chegou a uma posição comum sobre a situação da Líbia, durante a reunião dos ministros das Relações Exteriores dos 12 países participantes. "Nós discutimos o assunto, reconhecemos que é uma situação em evolução, mas não tomamos nenhuma posição conjunta a respeito", disse a presidente temporária da Unasul e ministra das Relações Exteriores da Guiana, Carolyn Rodríguez.

Após ser questionada se seria possível atingir uma posição em comum, apesar da Venezuela já ter clarificado seu apoio a Muamar Khadafi, a presidente temporária disse que o impasse é algo deste momento.
"Não quer dizer que, quem sabe no futuro, não possamos ter uma posição conjunta a respeito", disse ela. A presidente da Unasul disse que "debates muito valiosos" foram realizados sobre a Líbia durante a reunião.Nicolas Maduro, o ministro venezuelano das Relações Exteriores disse que a Venezuela e outros países haviam defendido que a questão da Libia fosse levada ao encontro, todavia reconheceu que haveria dificuldades para o consenso."Somos países de diferentes características, e é difícil que saia declaração conjunta (sobre a Líbia), mas haverá debate sobre a questão", disse Maduro, durante um intervalo da reunião.
Vale salientar que além da discussão sobre a questão da Líbia, outras medidas foram conjuntas para se evitar os efeitos da crise financeira internacional
"Estabelecemos três grupos de trabalho que vão analisar todas estas questões relacionadas com a crise internacional, para garantir nossas economias não só no curto, mas no longo prazo", disse.
A questão da crise internacional e de como agir conjuntamente já havia sido colocada em pauta e discutida pelos ministros da área econômica e representantes dos bancos centrais da Unasul, no inicio deste mês, na capital argentina.
Porém as discussões desta última reunião foram  sobre como colocar em práticas essas medidas.Entre estas medidas estão o fortalecimento do Flar ( Fundo Latino-Americano de Reservas) e de outros mecanismos que visem reunir reservas para a situação de crise.
"É um plano de trabalho que tem a ver com medidas monetárias, comercio regional, fortalecimento do Flar ou novas instâncias para a nova arquitetura financeira regional", disse Mejía.O Flar foi criado em 1978 como um fundo de reservas e atualmente é integrado pela Bolivia, Colômbia,Costa Rica, Equador,Peru, Uruguai e Venezuela.

'Desdolarização'
O coordenador dos conselhos de Finanças e de Economia da Unasul e vice-ministro da Economia da Argentina, Roberto Felleti, disse que outra medida para evitar os efeitos da crise seria o menor uso do dólar nas transações comerciais, já em vigor entre seu país e o Brasil.
"Queremos avançar no desenho de um sistema de pagamentos com uso da moeda local, que já existe entre Argentina e Brasil. Ou seja, tendência a ‘desdolarizar’ o comércio regional", afirmou.
Segundo Felletti  a ideia é acelerar a constituição do Banco do Sul e fortalecer a CAF (Cooperação Andina de Fomento), devido, segundo ele, à "demora na capitalização do BID e às debilidades que apresenta o próprio Banco Mundial".
No comunicado final do encontro, distribuído pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, os ministros da Unasul informaram que, entre as resoluções, está a "ratificação do compromisso e apoio solidário com o Haiti".
A previsão é que os presidentes dos países do grupo voltem a se reunir até novembro deste ano, após encontro realizado em julho em Lima, no Peru.

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