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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Líder supremo do Irã compara sanções a guerra contra o país



O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quarta-feira que o país é capaz de superar as sanções econômicas impostas pelos países ocidentais contra o programa nuclear do país, qualificadas de "bárbaras".
"Estas sanções são bárbaras. Constituem uma guerra contra uma nação, mas o povo iraniano as fará fracassar", afirmou, em discurso transmitido pela televisão estatal.
Khamenei ainda acusou os países ocidentais de mentir quando propõem a suspensão das sanções em troca de garantias sobre o caráter pacífico do programa nuclear iraniano.
Ele disse que as medidas podem criar problemas, mas que nada que Teerã não possa resolver. O líder mostrou confiança em superar a crise, como em outras ocasiões em que houve embargo desde a Revolução Islâmica, em 1979.
"As sanções contra o Irã não são de hoje. Eles já as impuseram e nunca deram resultado. Claro que, com a graça de Deus, eles serão derrotados pela nação iraniana nesta guerra", completou.
Para ele, os países europeus são insensatos ao ceder à pressão americana pelas sanções em meio à crise financeira internacional. O embargo ao Irã causou o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional, o que afetou ainda mais as economias europeias.
Para o líder supremo, o Irã está na mira por sua "resistência" e "independência" diante das grandes potências.
Ali Khamenei ainda criticou o Ocidente por dar muita importância aos protestos contra a desvalorização do rial, que perdeu 40% do seu valor desde a semana passada. Os atos foram na última quarta-feira (3).
"Por uma ou duas horas algumas pessoas incendiaram duas ou três latas de lixo em duas ruas de Teerã e eles começaram a comemorar e disseram que existem protestos no Irã".
Ele ainda comparou com os protestos na Europa, considerando que os governos europeus têm mais problemas que os iranianos.
"Eles passam por protestos nas ruas das maiores cidades europeias no últimos anos, durante a manhã e a noite. A economia deles está paralisada. Vocês comemorariam que a economia iraniana está enfraquecida? Então é você quem é infeliz".
Ali Khamenei também pediu a união dos funcionários iranianos para enfrentar as sanções, em meio ao conflito do governo próximo à sucessão do presidente Mahmoud Ahmadinejad. "Os funcionários precisam saber e aceitar suas responsabilidades e não se culpar uns aos outros".
A reclamação do líder supremo foi a mesma de Ahmadinejad, que disse na semana passada enfrentar o ataque de rivais sobre o comando do país e se considerou o único alvo de críticas.
"Só eu recebo tantas críticas. Imaginem como reagiriam outras pessoas se sofressem os mesmos ataques. Eu não ligo, deixo falar o que quiserem a meu respeito, desde que na prática trabalhemos juntos na mesma direção."
A moeda local começou a cair no dia 1º, após entrar em vigor um mecanismo para tentar controlar o câmbio, que fracassou. A cotação do dólar chegou a 37.500 riais no dia 2, antes de Teerã intervir no sistema econômico.
No sábado (6), a cotação voltou a para a casa dos 30 mil e, nesta segunda, oscilou na faixa dos 29 mil a 32 mil riais nas casas de câmbio. Na terça, fechou em 24.800 riais, de acordo com a Bloomberg.
A baixa do rial é um efeito das sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) e dos embargos impostos pelos EUA e União Europeia devido aos avanços no programa nuclear da República Islâmica.
As restrições chegaram aos setores petroleiro e bancário e aumentaram a crise financeira no país e os gastos dos iranianos, que dependem de importações de diversos artigos.

Fonte: Folha

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