Rússia proíbe fornecimento de armamento pesado ao Irã

Dmitri Medvedev, presidente russo, proibiu no dia 22.09.2010 por decreto, o fornecimento de ao Irã de armamento pesado em cumprimento da resolução 1929 do Conselho de Segurança da ONU. “O decreto, em particular, proíbe (...) a entrega ao Irã de qualquer classe de tanques, carros blindados, peças de artilharia de grosso calibre, aviões e helicópteros de combate, navios de guerra, mísseis ou baterias de mísseis”, informou o Kremlin em comunicado. A proibição afeta os sistemas antiaéreos com mísseis S-300, os quais o Irã esperava receber em virtude de um contrato feito em 2007 pelos dois países. Medvedev afirma no decreto que o armamento pesado com destino para o Teerã não pode ser transportado pelo território russo nem exportado ou entregue ao Irã fora da Rússia por navi-os ou aviões de bandeira nacional. Também foi proibida a entrada no país e o transito de vários fun-cionários e cientistas iranianos relacionados com o programa nuclear de Teerã. “A decisão de não fornecer S-300 ao Irã foi tomada, já que, sem margem de dúvidas, estes estão incluídos nas sanções internacionais”, destacou Nikolai Makárov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia. O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução para impedir que o Irã desenvolva mísseis para transporte de armas nucleares. Ahmad Vahidi, ministro de Defesa iraniano, pediu que a Rússia cumprisse com seus compromissos e entregasse os mísseis. “A venda de mísseis S-300 é um acordo defensivo que não tem nada a ver com as sanções do Conselho de Segurança da ONU, e os russos devem cumprir com seus compromissos em relação a isso”, declarou Vahidi. Markárov disse, em resposta, que isso depende do comportamento do Irã. Teerã diz que os mísseis S-300 não condizem com nenhum acordo internacional de proliferação de armas. Ele também adverte que o não forneci-mento dos mísseis poderá prejudicar as relações bilaterais entre os dois países. O motivo da compra de mísseis, segundo o Irã, é a proteção de suas instalações administrativas, industriais e militares contra possíveis ataques aéreos dos Estados Unidos ou de Israel.