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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Perda de poder do presidente Ahmadinejad no Irã


A perda de poder do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ficou patente na campanha para o segundo turno do pleito legislativo que acontecerá amanhã na República Islâmica.
Nos dois meses transcorridos desde o primeiro turno, realizado em 2 de março e no qual já foram eleitos 225 dos 290 deputados da Câmara iraniana, o ambiente político mudou e agora o regime está mais interessado em alcançar um acordo internacional sobre seu programa nuclear que em mostrar sua força.
Embora no último momento da campanha o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, tenha voltado a citar o "inimigo exterior", personificado por Israel, Estados Unidos e os países do Ocidente em geral, não foi lançado um ataque tão contundente como há dois meses.
O Irã espera o levantamento das sanções dos EUA e da UE na reunião que acontecerá em Bagdá em 23 de maio com as potências do Grupo 5+1 para tratar da questão nuclear iraniana, pelo que foi amenizada a hostilidade habitual voltada ao Ocidente.
Com o "inimigo exterior" posto um pouco de lado, os islâmicos ultraconservadores, grupo mais próximo a Khamenei, centraram sua campanha em desqualificar o entorno de Ahmadinejad.
Os maiores grupos ultraconservadores, que obtiveram 180 das 225 cadeiras distribuídas no primeiro turno, recorreram na campanha eleitoral ao apoio de destacados aiatolás de Qom, o centro religioso que abriga os grandes seminários xiitas do Irã, para aprovar suas posturas e atacar Ahmadinejad.
Em 14 de março, o presidente foi convocado pelo Parlamento para ser interrogado sobre supostas irregularidades de seu Governo, uma humilhação que até agora não tinha sido imposta a nenhum outro líder da República Islâmica desde sua criação, em 1979.
A Câmara também bloqueou os planos econômicos de Ahmadinejad, que previam uma maior redução das subvenções de produtos básicos e energéticos e um aumento dos subsídios diretos às famílias mais pobres.
Nestas circunstâncias, e acossado ainda pelas acusações de corrupção de pessoas e entidades supostamente relacionadas com seu grupo político, Ahmadinejad terá sem dúvida um período muito difícil no que lhe resta de Governo antes do pleito presidencial de 2013.

 Fonte: Folha e BBC

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