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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Casas de refugiados africanos são alvo de bombas incendiárias em Israel


Creche incendiada em Israel | Foto: Oren Ziv
Milhares de refugiados africanos moram no sul de Tel Aviv, nos bairros mais pobres da cidade. Vários moradores israelenses na região se revoltam contra a presença dos imigrantes e atribuem a eles a responsabilidade pelas duras condições de moradia.
"Trata-se de um problema social que tem que ser solucionado pela prefeitura, os africanos não têm culpa", diz Ziv, "mas politicos de direita lideram o incitamento contra os refugiados e conseguem o apoio de parte dos moradores".
De acordo com o fotógrafo, os grupos de extrema-direita têm distribuido panfletos nos bairros do sul de Tel Aviv acusando os refugiados africanos de "estuprar as mulheres e roubar os empregos dos israelenses".
Quatro casas e uma creche de refugiados africanos em Tel Aviv foram alvo de ataques com bombas incendiárias durante a madrugada desta sexta-feira, em ataques que estão sendo atribuídos a um grupo de extrema-direita de Israel.
O ataque coordenado visou casas de africanos do Sudão e da Eritreia atualmente sob status de refugiados em Israel que moram ao sul da cidade de Tel Aviv.
Por volta das 2h de sexta-feira um coquetel molotov foi lançado contra um grupo de refugiados que dormia no quintal de um prédio, três bombas foram atiradas contra casas e a quinta atingiu uma creche frequentada pelos filhos dos africanos.
Não houve feridos porém todos os locais ficaram totalmente destruídos pelo fogo.
O fotógrafo Oren Ziv, que mora ao lado de um dos prédios atacados, disse à BBC Brasil que acordou com o barulho no quintal.
"Vi o sofá, no qual um dos refugiados costuma dormir, pegando fogo e imediatamente peguei minha câmera e saí de casa para registrar o que estava acontecendo", relatou Ziv.
"Logo chegaram pessoas contando que outros locais também estavam pegando fogo, inclusive a creche".
Uma das bombas foi lançada contra o quarto de duas refugiadas da Eritreia, que estavam dormindo no momento do ataque.
"Os atacantes quebraram a janela e jogaram o coquetel molotov dentro do quarto, sabendo que havia pessoas dormindo lá, foi uma tentativa de assassinato", acusa Ziv.
As refugiadas da Eritreia conseguiram fugir do quarto a tempo e não ficaram feridas.

Fonte: Folha Online

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