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terça-feira, 17 de abril de 2012

Kirchner anuncia expropriação da petroleira YPF


O governo de Cristina Kirchner enviará ao Congresso um projeto de lei que declara soberania nacional sobre hidrocarbonetos na Argentina e declara o abastecimento de combustíveis de interesse público no país. O projeto também declara a petrolífera espanhola YPF uma empresa de utilidade pública. Segundo o projeto, a YPF fica sujeita à expropriação de 51% de suas ações pelo governo. Esse montante de ações será compartilhado entre o governo federal, com 51% desse capital, e as províncias que integram a Federação de Produtores de Hidrocarbonetos, que ficarão com 49%.
A atual diretoria da petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol, já foi dissolvida e o comando já está nas mãos do governo argentino. O ministro do Planejamento, Julio De Vido, assumiu o cargo de interventor da YPF junto com o secretário de Política Econômica e vice-ministro de Economia, Axel Kicillof. As nomeações foram feitas por Medida Provisória, denominada Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), assinada pela presidente.
O anúncio, feito instantes após o fechamento da Bolsa de Madri, não chegou a afetar as ações da Repsol, controladora espanhola da YPF, que fecharam em alta de 2,2% no pregão espanhol. Em Nova York, no entanto, os ADRs da YPF recuavam quase 18% após o anúncio da expropriação da empresa pelo governo argentino. Em Buenos Aires, o índice Merval caía 2,2%, com queda de 2,5% nas ações da YPF e de 3,85% nas ações da Petrobrás Argentina.
O governo espanhol redobrou a pressão sobre a Argentina em defesa da petrolífera YPF. O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse que vai defender os interesses das empresas espanholas como se fossem os seus próprios, em uma clara mensagem à presidente Cristina Kirchner.
"Que não haja a menor dúvida de que este governo vai estar ao lado de quem cria emprego e riqueza dentro e fora do nosso país", disse Rajoy durante a Assembleia do Instituto de Empresa Familiar (IEF), segundo a página web do ABC. Nesta quinta-feira, uma delegação da União Europeia (UE) desembarcará em Buenos Aires para conversar com o governo argentino sobre a situação da petrolífera e de outras companhias de capital europeu instaladas no país.

Fonte: Estadão

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