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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Conheça os candidatos às eleições presidenciais na França



Nicolas Sarkozy
Eleito presidente em 2007 com 6% a mais de votos do que sua rival, a socialista Ségolène Royal, o líder conservador enfrenta dessa vez um desafio diferente, e na opinião de analistas, mais difícil, na pessoa de François Hollande.
Propostas
• Redução da cota legal de imigração para a França "de 180 mil para 100 mil" por ano
• Arrecadar 3 bilhões de euros ao corrigir falhas em leis que regulam o pagamento de impostos sobre lucros ganhos por grandes empresas
• Remover regra que exige que candidatos presidenciais obtenham assinaturas de oficiais eleitos
Políticas sociais radicais - como a medida que em 2010 elevou a idade de aposentadoria de 60 para 62 anos - incomodaram a esquerda no país. Ao mesmo tempo, supostos aliados se ressentiram com o estilo do líder.
Em suas memórias, o ex-presidente Jacques Chirac criticou Sarkozy por ser "irritável, áspero, confiante demais e por nunca permitir qualquer dúvida, especialmente no que se refere a ele próprio".
Porém, o maior obstáculo que Sarkozy pode enfrentar na eleição é o desempenho da economia francesa, que sofreu um abalo em janeiro, quando a agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu a nota de crédito da França de AAA para AA+.
Ao pedir o voto dos eleitores, Sarkozy argumenta que tem os atributos necessários para lutar contra a crise econômica.
Após o rebaixamento da nota de crédito do país, no entanto, esse argumento parece menos convincente.

François Hollande
Apesar de sua experiência como articulador no partido Socialista, François Hollande nunca ocupou um cargo político nacional na França. Ele é tido por muitos como um moderado afável, cujo estilo calmo e quieto contrasta com a intensidade e o glamour do presidente atual.

Propostas
• Estabelecer uma cota anual para imigrantes econômicos após consultas com empregadores
• Obrigar os que ganham 1 milhão de euros ou mais a pagar 75% de imposto sobre renda
• Fazer ajustes fiscais na União Europeia para estimular o crescimento econômico
Jacques Chirac descreveu-o como um "verdadeiro estadista", capaz de cruzar as fronteiras que separam os partidos.
Alguns analistas veem Hollande como um pobre substituto para o carismático ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, excluído da corrida pela Presidência por escândalos sexuais no ano passado.
Um ex-ministro socialista, Claude Allegre, chocou aliados ao apoiar a candidatura de Sarkozy e rejeitar a de Hollande dizendo que ele é indeciso e "não está à altura do posto" de líder nacional.

Marine Le Pen
Filha de Jean-Marie Le Pen, fundador do principal partido da extrema direita francesa, o FN (Frente Nacional), Marine está levando o partido a novas direções.
Ela dividiu a opinião pública com seus ataques à imigração ilegal e à suposta "islamização" da França.
Propostas
• Reduzir a cota anual de imigração para 5% do índice atual
• Criar um novo Ministério do Interior, Imigração e Secularismo
• Abandonar o euro e restaurar as moedas nacionais da União Europeia
A candidata também enfatizou a oposição do FN ao euro e defendeu políticas protecionistas. Le Pen tem se esforçado para livrar o partido de sua imagem xenófoba e declarou sua objeção ao termo "extrema direita", que, segundo ela, marginaliza um grupo que regularmente atrai 15% dos eleitores em eleições nacionais.
Sua dificuldade para angariar o apoio dos parlamentares, exigido por lei, foi alvo de diversas reportagens na mídia francesa.

François Bayrou
Figura conhecida de centro na política francesa, François Bayrou chocou o establishment da França em 2007 ao levar quase um quinto dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais.
Propostas
• Fazer mais para reconhecer as conquistas dos imigrantes.
• Sanar as finanças públicas com cortes de 50 bilhões de euros em gastos e gerar 50 bilhões a partir de novas fontes de renda.
• Fazer com que escolas primárias dediquem 50% do tempo de ensino à língua francesa.
Seus aliados o veem como um defensor dos fazendeiros da França e o candidatos mais pró-Europa do país.
Críticos o acusam de arrogância e oportunismo e chamam atenção para sua aparente incapacidade de formar alianças políticas duradouras.
Embora não haja expectativa de que Bayrou chegue ao segundo turno, é possível que dessa vez ele desempenhe um papel decisivo sobre o segundo - já que prometeu apoiar um dos candidatos caso não chegue à segunda fase.

Jean-Luc Mélechon
Militante socialista durante décadas, Jean-Luc Mélenchon está concorrendo em nome da coalizão de esquerda, que tem o apoio do Partido Comunista.
Fez carreira no Partido Socialista e foi ministro de Educação Vocacional no governo Lionel Jospin. Rompeu com o partido em 2008 para formar o Parti de Gauche (Partido da Esquerda), inspirado nos movimentos de esquerda na América Latina e na longa história de radicalismo da França. Ele se diz inspirado em líderes latino-americanos como Lula, Rafael Correa, Cristina Kirchner e Hugo Chávez.
Propostas
• "Imigração não é um problema" (manifesto)
• Respeitar rigorosamente o secularismo
• Manter o euro porém rever as prioridades da UE e aumentar o controle sobre o Banco Central Europeu
Defende uma "revolução do cidadão", com a descentralização do poder e nacionalização da indústria em uma nova "Sexta República".
Mélenchon é o único representante do Partido da Esquerda no Parlamento Europeu. Diz acreditar que a União Europeia foi arruinada pelo "liberalismo econômico".
É conhecido por não gostar de jornalistas, preferindo expressar suas ideias, profusamente, em seu próprio blog.

Fonte: BBC

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