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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Reunião do BRICS e a escolha dos candidatos à presidência do Banco Mundial

Em encontro em Nova Déli, os líderes de Estado das cinco grandes economias emergentes anunciaram que não indicarão candidato à presidência do Banco Mundial. Entretanto, isto não significa que não apoiarão algum dos nomes já apresentados para concorrer ao cargo.
A notícia surge em um momento em que o grupo busca exatamente uma mudança no gerenciamento do sistema econômico-financeiro mundial.

Ngozi Okonjo-Iweala, ministra nigeriana de Economia, é uma das candidatas que tem o apoio da África do Sul e de todos os países africanos. José Antonio Ocampo, ex-ministro colombiano, e Jim Yong Kim, norte-americano, também estão na disputa.
Segundo reportagem da Folha Online, pela tradição, desde 1944 a presidência do Banco Mundial cabe a alguém recomendado pelos Esta-dos Unidos, bem como o diretor-gerente do Fun-do Monetário Internacional é escolhido pela Eu-ropa.
A embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, principal negociadora brasileira no BRICS, afirma que a escolha de um representante para esta instituição internacional deveria ocorrer pelo quesito do mérito, e não por um critério geo-gráfico. Apesar desta questão, muitos acreditam que o critério da tradição prevalecerá. Além deste quesito, os Estados Unidos possui uma alta participação como acionista do banco (16,41% das cotas), representando uma grande parcela dos votos.

O grupo BRICS possui apenas 10% das cotas, mas já existe um acordo no âmbito do G20 que aumentará esta porcentagem para 16%.
Um dos motivos pela proposta de criação de um banco de desenvolvimento do BRICS, ainda em fase de discussão e amplamente divulgado pela mídia, seria o fato de existir um predomínio norte-americano e europeu nas grandes instituições financeiras multilaterais.
Durante o encontro o principal tópico de debate foram questões econômicas, em especial a crise europeia. Recentemente o Fundo Monetário Internacional tem sondando o grupo para aumentar sua contribuição, que por fim seria direcionado aos países europeus endividados. An-tes de decidir sobre esta questão o grupo quer que os europeus definam o tamanho da proteção que será utilizada para “evitar que o contágio da crise grega e portuguesa atinja os grandes países da zona do euro”.
No final do encontro Bancos de desenvolvimento do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul assinaram acordos para o uso de moedas nacionais nas trocas comerciais o que ajudará na redução dos custos de transação intra-BRICS.
Foi assinada também uma declaração pedindo por uma resolução diplomática para a crise na Síria.

Fonte: Folha Online e BBC News

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