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quarta-feira, 14 de março de 2012

México e a concorrência com e China

“Há dez anos, o custo unitário do trabalho no México era quase duas vezes e meia
maior do que o da China. Em 2010, a diferença havia caído a apenas 20%, segundo
estimativas do Ministério da Fazenda do México. Agora, os cálculos são de
que estejam cerca de 2% menores do que na China, segundo economistas do
Bank of America Merrill Lynch.”

“Pela primeira vez em uma década, os custos de produção e transporte no México são menores do que na
China”.
    É o que afirma o correspondente internacional, Alex Ribeiro, em reportagem no Valor Econômico.
    Ao contrário do Brasil, que vem perdendo sua competitividade externa, a indústria mexicana passa por um dos melhores cenários de sua economia onde, pela primeira vez em uma década, “os custos de produção e de transporte são menores do que na China”.
   Conforme o correspondente, o México teve um crescimento econômico maior do que o brasileiro no ano de 2011 e a expectativa é a manutenção deste padrão pelos próximos anos.
   Desde que a China entrou na Organização Mundial do Comércio em 2001, este país tomou a posição do México como principal fornecedor dos Estados Unidos de bens manufaturados e de baixo custo.
   Entretanto, nos últimos anos tem-se observado um aumento das exportações mexicanas para os Estados Unidos e também para o mercado latino-americano. Segundo o Valor, as exportações mexicanas para o seu vizinho aumentaram em 49%, já as exportações Chinesas aumentaram em 35%.
  O México está revivendo bons momentos com relação às trocas comerciais com os Estados Unidos, retomando um patamar observado depois da implantação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, o Nafta, em 1994.

   O principal item da pauta exportadora do país são os automóveis. Somente em 2011 houve um aumento de 56% das vendas deste produto na América do Sul. O Brasil teve déficit superior a US$ 1,5 bilhão nas trocas com o México somente na indústria automotiva, resultando em medidas protecionistas por parte do governo.
   O México possuí vários tratados de livre comércio, ficando atrás apenas do Chile. Ou seja, é uma das economias mais abertas do mundo o que explica os ganhos recendes de produtividade. Entretanto, a abertura comercial do país não é o único motivo para o aumento da competitividade externa do país.
   Outro fator apontado por Alex Ribeiro seriam os reajustes salariais que ocorreram no país e que ficaram abaixo dos ganhos de produtividade enquanto na China ouve um aumento no reajuste salarial no reajuste salarial.

"Não sei se essa tese dos aumentos de custos de trabalho
na China é verdadeira", afirma Jaime Ros, professor de economia
da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam).
"Mas é um pouco patético que, para que possamos ser mais
competitivos e voltar a crescer, seja necessário esperar que os
salários subam na China."


   Não obstante, o cambio seria para o autor o fator mais importante na retomada da economia mexicana, pois enquanto a China tinha sua moeda apreciada o México apresentava uma moeda desvalorizada e permanecendo desta maneira. Esta desvalorização é resultado da queda de fluxo de capital desde a última crise financeira.
    Apesar do choque inicial devido à crise, o México cresceu 5,5% em 2011.

Fonte: Valor Econômico

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