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terça-feira, 6 de março de 2012

Brasil anuncia redução no contingente militar no Haiti


      O Brasil anunciou a redução do contingente militar brasileiro no Haiti, retornando a quantidade que havia antes do terremoto em 2010. No total será redu-zido cerca de 20% da tropa até outubro, permanecendo 1.900 militares para a con-tinuação da Minustah (Missão da ONU para a Estabilização no Haiti, cujo braço militar é chefiado pelo Brasil) que terá uma mudança de foco.


     A retirada ocorrerá nos próximos meses conforme determinação do Con-selho de Segurança da ONU. O Brasil concluirá esta redução até abril já que pos-sui o maior contingente dos 56 países que integram a missão.
     O Conselho resolveu adotar esta medida após denúncias contra militares da Ministah. Um dos casos foi o recente surto de epidemia de cólera que matou cerca de 7 mil haitianos e contaminou pelo menos 400 mil.    Segundo relatório pa-trocinado pela ONU, a suspeita é que a origem do surto se deu no acampamento nepalês.
     Além deste acontecimento, críticas foram direcionadas aos militares da missão após denuncias de abusos sexuais pela população. A situação foi agravada após a divulgação de um vídeo onde soldados uruguaios abusavam de um jovem haitiano. Conforme a BBC Brasil, os militares que participaram do abuso foram repatriados e estão presos.
     A mudança de foco da missão ocorre devido à estabilização da região. A missão poderá mudar seu viés de segurança para um viés mais humanitário atra-vés do aumento do investimento em obras de infra-estrutura.
     Outro motivo para a redução do contingente militar da Minustah segundo o embaixador brasileiro no Haiti, Igor Kipman, seria a melhoria das condições da Política Nacional do Haiti. A PNH tem o real poder de apurar denúncias e efetuar prisões, apesar de eventuais participações de militares da Minustah em patrulhas e operações para combate a grupos criminosos como um apoio operacional.
     Kipman afirma que “ninguém tem o objetivo de se perenizar no Haiti”, entretanto todos entendem que a redução da Minustah não pode ocorrer de uma maneira “precipitada e imediata, com o risco de haver retrocesso às condições de 2004” quando foi inserida a Missão para restaurar a ordem no Haiti, após um pe-ríodo de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.

Fonte: BBC Brasil, ONU Brasil e Folha Online

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